como criar roseicollis



                        TEXTO RETIRADO DE OUTRO SITE


ROSEICOLLIS

 
É a espécie de maior número e a mais popular no  mundo. Mede 15 a 17 cm e o seu peso normal é de      45g para o macho e 50 g para a fêmea e não apresenta dimorfismo sexual. Esta espécie  passa hoje em dia por uma transformação com o aparecimento de um novo roseicollis conhecido por pena longa (longfeather) cujo tamanho chega  a atingir 21 cm e o seu peso é cerca de 50% mais do que o normal.
São normalmente sociáveis entre si mas bastante agressivos para com os outros pássaros.
Durante a época de criação as fêmeas transportam o material de construção dos ninhos nas penas do dorso e da rabadilha. Apesar de os machos se abrigarem nos ninhos , não transportam o material para a sua construção. O ninho pode ser construído de forma elaborada a exemplo dos personatas como podem somente forrar o chão. Tudo vai depender da quantidade de material que estiver á sua disposição . Este material pode ser palha de milho, ramos de salgueiro, sabugueiro, pinheiro, tiras de papel e folhas de palmeira. Este último é o mais apreciado porque permite-lhes cortar as folhas em pequenas tiras que são facilmente transportadas para o ninho. Além disso quando são frescas fornecem humidade ao ninho. Esta humidade é fundamental para os ovos, evitando que a casca dos mesmos se torne extremamente dura, o que  dificulta ou impede os filhotes de nascerem.
O acto de provocação para o acasalamento não é tão acentuado como nas espécies com contorno branco nos olhos.
A postura é de cerca de 5 ovos e o tempo de incubação é de 22 dias. Os ovos podem começar a ser chocados a partir do 1º ovo, como podem ser só a partir do 2º ou 3º ovo. As crias nascem com aproximadamente 3g de peso e só são alimentadas pela mãe a partir do 2º dia de vida permanecendo no ninho 5 a 6 semanas. A sua alimentação é tarefa da fêmea nas primeiras 3 semanas de vida, que por sua vez é alimentada pelo macho que regurgita o alimento para o bico desta. Após este período a alimentação dos filhotes é feita pelo casal mas mais predominantemente pelo macho. Mesmo após a saída dos filhotes do ninho o macho continua durante o período de aprendizagem dos filhotes a alimentá-los no bico, bem como a defendê-los de outros pássaros.
   
Os filhotes são um pouco mais claros que os pais e a base do bico é negra, só adquirindo a sua cor definitiva a quando da muda de penas que ocorre por volta dos 6 meses de idade.
É a espécie com maior número de mutações, sendo a mais recente o opalino.

A criação e reprodução de agapornis é muito mais do que juntar dois pássaros , colocar um ninho e esperar que eles criem. Antes de mais devemos perguntar a nós próprios se temos condições para criar estes pássaros por forma a que eles tenham as condições ideais para o fazer. A criação de qualquer tipo de Ave sem as mínimas condições é além de errado, uma demonstração de falta de ética e um desrespeito com a vida  animal.
Quem se quer iniciar na criação de agapornis tem que em pensar em primeiro lugar que estas aves são bastante activas e os sons que emitem são considerados por muitos como excessivamente altos. Como tal criar estes pássaros em apartamentos ou em locais densamente povoados pode no futuro trazer problemas com os vizinhos. Se está nesta condição, o melhor é começar com um ou dois casais e verificar se o barulho por eles feito não o incomoda, nem á sua vizinhança. Eu próprio já criei agapornis num apartamento e não tive qualquer problema com o barulho deles.

                                                                   REPRODUÇÃO 
 Escolha dos pássaros

A escolha dos pássaros que vão formar os casais reprodutores é fundamental para o sucesso das suas criações. Não vou aconselhar a comprar em lojas da especialidade nem em Criadores pois  tanto pode ter alegrias e dissabores num lado como no outro. Compre onde sentir confiança para o fazer. Se não tem nenhum  conhecimento nesta área aconselho a que faça uma visita a alguns criadores e fale com alguém que já tenha alguma experiência na criação. A internet é um excelente meio para se informar de tudo sobre estas Aves e formar uma opinião própria, porque  nenhum criador por muito bom que seja detém o dom da verdade no que respeita á criação destas aves.
Escolha pássaros que sejam activos, que apresentem uma boa plumagem e que não estejam sujos junto ao anus  pois é sinal que estão com diarreia. Pássaros que estão encolhidos a um canto com as penas entufadas que tenham os olhos remelados ou inchados é sinal que estão doentes e que colocados junto de outros os podem contaminar.
Prefira pássaros anilhados, pois assim poderá saber a sua proveniência, bem como a sua idade. É preferível comprar pássaros novos com apenas alguns meses de idade do que comprar pássaros já adultos, principalmente se for com mais de dois anos de idade. Muitas vezes esses pássaros são colocados á venda porque têm algum problema para criar, sobretudo se for fêmeas. Também é verdade que por vezes certos pássaros não criam bem em nossa casa e passam a criar bem quando mudados de ambiente, e isto geralmente acontece quando os mesmos já estavam criando noutro local e não se ambientaram ao nosso. Quando assim é , o melhor é mudá-los novamente para afastá-los do local onde não sentem segurança para criar.
A questão mais controversa que existe na criação dos agapornis é distinguir os machos das fêmeas (espécies onde não há dimorfismo sexual). Este é o principal obstáculo a quem se está a iniciar. Mesmo criadores com largos anos de experiência sentem dificuldades em saber o sexo dos agapornis quando estes são novos. Muito se tem escrito sobre esta matéria e ninguém em consciência pode afirmar com 100% de segurança que existe um método infalível para a determinação do sexo dos agapornis, excepção feita á analise de DNA   quer por amostra de sangue ou de penas. As excepções são alguns cruzamentos com mutações sex-linked , e mesmo ai temos que confiar na honestidade do criador. Este problema agrava-se com o facto de existir  homosexualismo entre agapornis, mais comum entre as fêmeas do que com os machos. Isto só acontece se os pássaros não tiverem oportunidade de escolher um parceiro do sexo oposto. É frequente duas fêmeas comportarem-se como um verdadeiro casal, fazendo o ninho, dando comida na boca e  em que uma delas assume o papel de macho galando a outra. Este facto confunde frequentemente os criadores que só se apercebem mais tarde devido ao número exagerado de ovos no ninho e pelo facto de eles não estarem galados. Quando se trata de dois machos é mais fácil o criador se aperceber dado que eles não fazem o ninho e devido á ausência de qualquer ovo, apesar de se comportarem como um casal.
Em adultos consegue-se diferenciar mais facilmente o sexo por apalpação dos ossos da bacia que são mais largos e arredondados nas fêmeas e mais apertados e pontiagudos nos machos. As fêmeas também são ligeiramente maiores e têm a cabeça e o abdómen   mais arredondado que os machos.  A maneira mais eficaz de formar casais sem recurso a análise de DNA é colocar vários pássaros numa voadeira e esperar que eles acasalem por si. Este processo não é demorado e tem a vantagem de os pássaros formarem casais por mútua afinidade, evitando a incompatibilidade que muitas vezes acontece com a formação de casais imposta pelo criador que atrasa o inicio da reprodução e que em casos extremos leva a que o casal não crie.